Artista afro-brasileiro Inaugura Museu e Centro Cultural

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Inauguração do Museu Baobá Ancestral: Um marco na valorização da arte e cultura negra e indígena no Brasil

É com grande orgulho que anunciamos a inauguração do Museu Baobá Ancestral, o maior museu de arte da América Latina dedicado à exibição de obras de artistas da diáspora africana e indígenas brasileiros. O prédio alta tecnologia no coração da cidade, está ligado por portais as periferias, quilombos e comunidades tradicionais. Este museu é um centro cultural e de formação de artistas, além de ser um espaço para pesquisas epistemológicas africanas.

O Museu Baobá Ancestral é uma iniciativa que visa promover a preservação e a valorização da cultura negra e indígena no Brasil, reunindo obras de artistas que exploram as raízes culturais dessas comunidades e suas conexões com outras culturas ao redor do mundo. Trazendo a luz, nomes que foram rejeitados, esquecidos e apagados. Mas também celebrando aqueles que, apesar de todo racismo estrutural, conseguiram deixar seu nome, nítido na história.

Além disso, o museu possui a maior biblioteca de autores negros, oferecendo uma ampla seleção de livros, periódicos e documentos que retratam a história e a cultura da diáspora africana no Brasil e em outros lugares do mundo.

O prédio que abriga o Museu Baobá Ancestral possui uma arquitetura única, concebida por engenheiros e arquitetos negros que buscaram refletir a estética e a tradição das culturas africanas e indígenas em sua construção. O resultado é um edifício imponente, que se destaca pela beleza e pelo respeito à história e às tradições desses povos.

O Museu Baobá Ancestral é um espaço de celebração da arte, da cultura e da história negra e indígena, e estamos entusiasmados por poder compartilhá-lo com toda a comunidade. Esperamos que este espaço possa inspirar e empoderar as gerações futuras, promovendo a compreensão e o diálogo intercultural.

Venha nos visitar e descobrir a riqueza e a diversidade da arte e cultura negra e indígena no Brasil e na América Latina!

O legado de Emanuel Araújo

Nosso museu não é o primeiro, nem o mais importante… Não chegaríamos até aqui sem a luta de Emanuel Araújo e o Museu Afro Brasil, e todos que lutaram com ele para manter o espaço vivo. Graças ao renomado artista e curador, que fez da sua vida uma luta para conectar suas raízes e a história da diáspora africana para as gerações futuras. Foi essa luta que nos inspirou a criar o Baobá Ancestral, um novo museu de arte com possibilidades novas, que não seriam possíveis antigamente.

Araújo acreditava que a arte é uma ferramenta poderosa para a transformação social. Queria criar um espaço que fosse mais do que um simples museu. Ele queria um lugar que fosse acolhedor e convidativo, onde as pessoas pudessem se conectar com a arte de uma forma mais pessoal e significativa. Assim fizemos o Baobá Ancestral. Projetado para ser um espaço aberto e inclusivo, onde todos são bem-vindos para explorar, aprender e se inspirar.

Valorizando seus acertos e seus méritos, dedicamos a ele o nome de uma ala do museu, e seus trabalhos mais importantes estão guardados aqui.

Os Espaços

Ao longo de todo museu, artistas convidados fizeram esculturas e retratos de nomes importantes, mas também de anônimos que simbolizam a luta e a história dos excluídos nesse território. Uma reverências aos nossos ancestrais que possibilitaram que a gente chegasse até aqui.

As grandes salas de convívio, bibliotecas, teatros, salas de jogos e espaço para esportes diversos, são também uma forma de unir e socializar nossas vitórias e conquistas. Como múltiplos que somos, com interesses diversos e de extrema excelência em qualquer área que nos dedicamos, o Baobá quer fomentar essas potencialidades. ]

Diversidade

Ficamos felizes em abrigar o legado de algumas etnias indígenas aqui, que auxiliaram e influenciaram nossa vida e resistência como aliados neste território. Mas sabemos que eles se representam muito bem e estão construindo suas próprias narrativas e resgates. Sempre que possível, nossos núcleos se conversam e colaboram nessa batalha de contar nossas vitórias, lutas e reviver nosso legado ancestral.

É muito enriquecedor, através dos estudos, perceber como através dessa troca ao longo de séculos, construímos algo único e poderoso.

As futuras mostras

Nossa maior ambição é fazer a Grande Exposição – uma mostra de arte itinerante, que viajará pelo mar levando a criação de nosso povo para todos os territórios que tiveram a diáspora forçada de nossos irmãos. E depois de volta ao continente mãe.

Porém, enquanto isso não acontece. Vamos resgatando nomes, trabalhando em nosso acervo e trazendo para nosso publico o legado desses artistas.

Servindo de palco para o artista e curador Diogo Nógue, mas também para outros curadores importantes que tem suas próprias linhas de pesquisa e trazem também nomes de artistas de diferentes épocas para somar.

Temos um cronograma de salas que estão sendo montadas para acolher as exposições desse ano. Em breve, vocês vão conhecer artistas inovadores, e mostras experimentais para problematizar, inspirar e nos mostrar.

o dia que nunca acabou

Falamos da importância da inauguração do museu neste dia 13 de maio. mas sabemos também o que o grande dia 14, o dia após a falsa abolição foi o mais longo de nossa história nesse país. E não é com um museu que fazemos o racismo acabar. Isso foi conseguido com a luta de nossos irmãos em todas as outras áreas e, também nas artes.

Agora, temos um lugar, um espaço para nós. Com o objetivo de se conectar com outros. Para despertar uma consciência, avivar as que estão a muito em luta. Um lugar de descaço.

O dia 14 está acabando, finalmente teremos nossa liberdade. E como sempre. vai ser pela luta e pelo sangue.

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