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Lançamento Livro Retratos Apagados
51 Poemas, 12 Cronicas e 51 Contos – Diogo Nógue lança seu segundo livro.
Primeiramente, o ano está promentendo em lançamentos, além da antologia Pretos em Contos vol2, Retratos Apagados vai ser revelado!
No momento em que reúno os escritos desse livro, vivemos uma realidade onde a vida humana parece que perdeu seu valor.
Além disso, entre milhares de mortos em pandemias e violências cotidianas, as histórias e memórias parecem ser descartáveis, transformadas apenas em números sem rosto.
Então, o Livro Retratos Apagados é uma afirmativa ao valor das pequenas memórias. E como elas constroem a existência de uma vida, ou de várias vidas.
Assim, gravadas por meio da escrita e renascendo a partir da leitura, essas vivências se tornam eternas. Antes de tudo, compartilhando conhecimento, sentimento, empatia e saudade com aqueles que as lerem.
Dessa forma, o livro está dividido em quatro partes como álbuns de fotografias; esta coletânea reúne poemas, crônicas e contos de diferentes momentos da minha vida.
Contos, Crônicas e Poemas
Os cinquenta poemas que abrem o livro, foram escritos durante os anos de 2020 e 2021. Tiveram como principais inspirações fotos de família, lembranças de cheiros, sons e espaços da infância e adolescência.
Assim como temas que já trabalhei em minhas pesquisa de arte (escultura, pintura e desenho); pensamentos sobre como viver/sobreviver nesta sociedade que tenta a todo custo apagar as pessoas pretas.
As crônicas de 13 Preto e Vermelho foram escritas em 2013 como parte do projeto do mesmo nome. Nele, meu eu de 25 anos registra todos os dias 13 do ano com uma foto e um texto relatando as experiências e pensamentos vividos.
Invocando os simbolismos das cores e do número 13 com seus diferentes significados em diversas culturas e momentos da história da humanidade.
Busquei relacionar efemérides e presente em cada texto para discutir os prazeres, medos, sonhos de um cotidiano.
Já os contos, estão divididos em dois grupos: os curtos, escritos em sua maioria durante o ano de 2020. Foram parte do curso de escrita ministrado pelo escritor Plinio Camillo. Sendo que alguns deles já publicado na coletânea Pretos em Contos.
Já o segundo grupo, composto por contos mais longos, são histórias antigas como o “Por do sol em campos desertos” que escrevi com 14 ano; alguns deles já publicadas em blogs, fanzines, e outras inéditas como o “Bosque da Solidão”;
Espero que os diferentes sabores e imagens desses Retratos que teimam em não se apagar, possam encher a vida de vocês de significados, indagações, descobertas e momentos que deixem saudade.
Lançamento
O lançamento presencial do livro vai acontecer dia 02 de outubro no restaurante de comidas africanas Mamaafrica Labonne Bouffe. A partir das 15h estarei lá com exemplares do Retratos Apagados e Pedra Polida para tarde de autografos.
Venham prestigiar e adquirir seu livro.
Além disso, já está disponivel aqui no meu site para compra o livro no valor de R$35,00 + Frete para todo Brasil.
portanto, se liguem no endereço:
R. Cantagalo, 230 – Tatuapé, São Paulo – SP, 03319-000 – Dia 02 de Outubro as 15h!
Adinkra, Horus e Baobá – O novo logo
O Nascimento
Com o lançamento do novo site, resolvi renovar mais uma vez o meu logo. Dando uma atualizada nas linhas, limpando elementos, composição e adicionando símbolos e uma visão afrofuturistica do design. Gostei bastante do resultado, pois ficou mais proximo do que eu tinha imaginado em 2007.
A primeira versão tinha como objetivo fugir de um logotipo baseado em conceitos padrões do design dos 00’s (voltado para síntese, pouco elementos). Tinha em mente o acumulo de elementos e brasões de armas ou de famílias reais. Também queria algo bastante simbólico, que tivesse uma relação próxima com minha produção de arte.
Por isso, os elementos do olho ( espelho da alma) e as asas (liberdade e imaginação) já estavam presentes. Neste momento eu tinha criando um desenho carregado, cheio de pontas e manchas pois queria algo “sujo” visualmente. Porém em 2015 resolvi atualizar esses conceitos, limpando o desenho das asas, olhos e letras.
Então adicionei o conceito de escudos africanos como forma de silhueta e as formas circulares e espaço negativo por trás do logo forma ideia do infinito, o olhar ficava preso na forma e encontrava em seu centro a alma e nela o simbolo de fechadura (possibilidade de descoberta).
O novo logo
Continuando a desenvolver esses elementos já ditos acima. Decidi adicionar o Baobá (arvore sagrada, raízes ancestrais) em negativo ao centro do logo com a fechadura em seu caule, e o adinkra Ananse ntontan (criatividade e sabedoria) abaixo das asas, levando o Ankh aos olhos fortalecendo a ideia de Hórus com os olhos e suas asas, a lua, imaginação, imortalidade.
Em resumo, o novo logo reúne diferentes referências de vários grupos africanos, e busca trazer a força ancestral da criação, imaginação, vida, eternidade e força que são as marcas do povo preto no mundo. Nosso sangue rega o mundo de conhecimento, filosofia e arte!
O Renascimento
Estamos vivendo um novo momento, pois a nossa comunidade preta está estudando, retomando seu protagonismo em pesquisas, teorias e filosofias. De onde viemos, e quem somos não pode ser definido pelas normas e dogmas escolhidos pelo povo branco. Devemos a cada pedaço definir nosso território e nossa perspectiva como africanos e povo preto. E nesse caminho nada melhor que repensar nosso olhar como de um sujeito Afrofuturista – que recria e repensa o mundo de acordo com suas raízes.
Ao desenhar meu novo logo tinha isso em mente, e por esse motivo que me sinto tão contente com o resultado e pretendo usa-lo como marco pessoal para que a partir dele traga para o site esse olhar Afrofuturista.
E vocês, o que acharam?
Exposição 10 Faces: do traço a cor
Mostra reúne retratos de diferentes pesquisas com o tema da beleza negra.
Olá amigos, ano começa com muito trabalho e exposições. Dessa vez o convite veio do Projeto 29 Cultural promovido pelo Cartório 29ª da região de Moema. A Tabeliã Priscila Agapito abre seu espaço para mostras. Assim promover um ambiente mais rico para seus clientes e fomentar a cultura.
Com ajuda de montagem e curadoria da artista Gi Archanjo, um lugar que geralmente é sério e monótono, criva vida com a arte de novos artistas.
Diante de uma oportunidade tão especial, decidi reunir algumas pesquisas ainda em desenvolvimento e recuperar algumas ideias que ficaram no caminho.
Dessa seleção é que ficaram os 10 trabalhos que vou levar para a mostra que tem a abertura programada para 19 de fevereiro, ficando em cartaz até 31 de março.
Saindo de retratos com lápis grafite, passando pelos nanquins com uma ideia afrofuturista e chegando aos retratos de guache, onde a cor da pele negra é o maior o meu interesse maior.
10 faces são perguntas que venho me fazendo em busca de uma ancestralidade, representatividade e apropriação de uma visualidade que tenta fugir do padrão eurocêntrico, e tenta beber na observação do povo negro no mundo atual e em realidades fictícias.
Sinto que ainda tenho muito que aprender e pesquisar para chegar em uma resposta e novos caminhos para minha produção. É importante dizer para mim mesmo que as perguntas estão sendo feitas. Melhor ainda é poder compartilhar esse caminho com outras pessoas.
Serviço:
Exposição 10 Faces: do traço a cor
De 19/2 até 31/03
Onde: 29º Tabelionato de Notas da Capital
Endereço: Alameda Jauaperi, 515 – Moema – São Paulo
Exposição Pratodos – 40 artistas tendo o prato como suporte!
O Prato como suporte, uma ação social por base
Olá amigos, em Fevereiro a partir do dia 11, estarei participando da exposição coletiva Pratodos aqui em são paulo.
Para essa expo, foram convidados 40 artistas para intervir no prato como suporte. O mais legal é que os pratos estarão e parte da do dinheiro da venda será destinado a uma ong que prepara marmitas vegetarianas para moradores de rua.
Fiquei em duvida em qual das minhas pesquisas aplicar ao prato, porém no fim, acabei escolhendo a pesquisa visual da linguagem das Raízes Negras, (trabalho de ilustração que já postei aqui).
Nessa pesquisa, estou buscando desenvolver uma imagética de identidade negra, resgatando a simbologia, padrões e estética afro, e buscando uma atmosfera afrofuturista.
Neste trabalho iniciei uma pesquisa sobre os Adinkras, como símbolos principais.
Utilizei a acrílica e caneta dourada para trazer um efeito mais de realeza para a peça. O resultado ficou bem interessante. Diferente dos outros retratos da série feitos digitalmente, porém bem interessante na materialidade.
Para mais detalhes de como chegar a exposição veja o release abaixo:
Exposição Pratodos
O Prato, este é o suporte escolhido para a Exposição PRATODOS, onde 40 artistas apresentarão sua poética nesse objeto tão comum, mas cheio de significados e sugestões. Cada artista receberá um prato e nele terá liberdade total de expressão. A proposta é discutir a ética na alimentação nos dias de hoje.
As peças serão vendidas a um preço simbólico (R$60). Parte do valor será destinado aos artistas e o restante do dinheiro será revertido para uma ação que distribuirá marmitas veganas a moradores de rua. Os interessados terão duas opções: comprar pelo valor total (R$60) ou pagar metade do valor e se disponibilizar como voluntário no dia da ação.
O projeto foi idealizado e será realizado pelo espaço independente de arte GARAGEM ATELIÊ. A iniciativa é uma ideia antiga de um dos integrantes e foi inspirada em vários diálogos sobre o que comemos (de origem animal ou não), sobre a comida como objeto de estudo social e até mesmo a arte como algo que alimenta o espírito.
A festa de abertura e venda das artes acontecerá no dia 11 de fevereiro de 2017 no Garagem Ateliê, Ermelino Matarazzo, São Paulo.
LISTA DE ARTISTAS:
– Alcides
– Almir AS76
– Alan Alvico
– André Filur
– Bazco
– Bia Marins
– Dedoth
– Diane Motta
– Diogo Nogue
– Felipe BIT
– Felipe Urso
– Gabigo
– Fernanda Barbosa
– Gabi NIU
– Gi Archanjo
– Gil Douglas
– Gislaine Costa
– Ítalo
– Jana
– Ju Violeta
– Karine Guerra
– Lais da Lama
– Linoca Souza
– Marisasoou Lamah
– Moara Brasil
– Natália Manfrin
– Nautila
– Opeop
– Qel
– Rafael Limberger
– Raiza Limberger
– Régis
– Ricardo Cadol
– Samantha Prado
– Smup
– Tom Pina
– Vander xCHEx
– Vermelho
– William Mophos
GARAGEM ATELIÊ
Local de discussão, produção e exposição de arte na periferia da Zona Leste de São Paulo. O grupo que mantém o espaço (uma garagem de verdade), realiza atividades em conjunto com outros coletivos culturais e artistas da cidade.